terça-feira, 15 de junho de 2010

Até que a morte nos separe - Porque nada é para sempre...

Até que a morte nos separe

Porque nada é para sempre... Sandra Maia fala da dificuldade que temos em lidar com a dor de perder a pessoa amada


Que Deus é esse que nos coloca diante de uma, ou melhor, da história de amor e nos faz tudo perder?
Que Deus é esse que tudo nos dá e tudo nos tira?
Que Deus é esse?


Esta semana um amigo me confidenciava a morte da sua jovem esposa. Linda, saudável, com uma filhinha de dois anos. Ela se foi, de forma trágica, rápida, quase sem aviso. Acabou. E ele, diante dessa perda, morreu um pouco. Morreu por dentro. Revoltou-se. Não compreendeu, não soube, isto é, não sabe ainda como lidar com a dor que destroi, dilacera o coração, a alma, a vida.

Ele dizia: “Não sei o que fazer. Não sei como agir cada vez que minha filhinha chama por ela. Éramos tão felizes… Quando a pequena chora, morro de novo e de novo – num círculo que me tira a fé. Tira-me do caminhar. Faz o viver perder o sentido. E, então só o que me resta é questionar. É o morrer – a cada nascer do sol. A cada anoitecer. Ficar com a sensação de que não haverá mais luz do luar, café da manhã na cozinha, viagens divertidas, sinto falta!”


Só o tempo para curar essa ferida diriam os mais velhos com sabedoria. A fé pode ser resgatada. Mas e o amor? O que fazer com essa dor que vai dentro e que se acumula dia a dia com a falta, a saudade do que foi permitido viver e do que não mais será possível?


Fiquei lá com ele ouvindo, tentando compreender aquela mistura de sentimentos que me tocavam profundamente. Não há mesmo como compreender determinadas situações que nos são colocadas no dia a dia. Não há mesmo como compreender que a vida tem começo, meio e fim.

Missão
A questão é sempre: por que não nós? Por que o outro?
E, a resposta será sempre a mesma: aceitar, confiar e agradecer que, se estamos aqui, é porque temos ainda o que contribuir.
Temos ainda uma missão a cumprir. Temos ainda amor para dar.

Mas como é complexa toda essa situação. Como é doída a decisão de continuar. Continuar com o que restou, com o que ficou. E, então de novo, uma frase me atormentava a cabeça… “
Fique com o que tem”, dizia para ele.
“Fique com as lembranças da linda história de amor. Ela é sua, você a viveu, a escreveu. Fique com sua filha. Fique com tudo o que construiu em conjunto. Fique também com a dor, o luto. Fique com tudo o que puder resgatar do que sobrou em você.”

Acreditar
Acredite no que esta por vir. Acredite no amor. Simples, não? A vida, as histórias, o amor não são simples. Mas é o que temos.
Ficar com o que não temos nos angustia
. Faz-nos mal. Negar o amor, a falta, a dor é desumano.
Quando juramos amor eterno sabemos que não é para sempre como imaginamos.

Sabemos que o “até que a morte nos separe” também faz parte. Também está lá…
O que conforta então nessa triste história – é saber que ele, apesar da perda, viveu uma história que muitos não viverão em uma vida inteira.

Foi íntegro, honesto, foi inteiro. Dedicou-se à elaseu amor – a sua filha e à vida a dois com todas as suas forças. Projetou o futuro, uma história.
Fica uma certeza: a morte pode sempre nos separar fisicamente.
Isso acontece toda vez que perdemos um ente querido. A morte, no entanto, não nos tira o milagre do amor. Do que vivemos, do que sentimos, do que pudemos e não pudemos.

Presente
Esse presente é nosso e é isso que nos faz seguir em frente, viver outras histórias, curar as feridas, as marcas, reaprender a dar e receber amor
A morte tanto quanto a vida nos traz lições.
Nos mostra nossa fragilidade, nos deixa clara a preciosidade do tempo, do movimento, da atemporalidade.

Não somos eternos, não somos perfeitos, nossas relações acabam
Só o que fica, o que levamos conosco, são sensações…
Felizes então daqueles que, como esse meu amigo, leva consigo história. Levará consigo o que é mais sagrado: o amor. O amor que nos coloca de pé, nos faz fortes.


Então, meu amigo, ficam aqui meus sentimentos e meu carinho.
Siga em frente.
Faça novas escolhas, e não negue nunca o que conquistou…


fonte - http://colunistas.yahoo.net/posts/2812.html


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Alegria no céu, dor na terra

Salmos 89:48

“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”

a experiência no sepultamento de minha amada esposa, a guerreira. Apesar de entender os desígnios de Deus, causou-me uma experiência nunca antes vivida.

É como se fosse arrancado parte de minha própria carne, como de fato é:” (Gn 2.24).

“Que homem há, que viva e não veja a morte? Ou que livre a sua alma do poder do mundo invisível? (Selá)”.

Eclesiastes 8:8
Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para reter o espírito; nem tem poder sobre o dia da morte; nem há armas nessa peleja; nem tampouco a impiedade livrará aos ímpios”.
 
Passei por uma prova tão grande que, cheguei a pensar que a minha morte, parecia ser o maior consolo. Desejei estar com a minha esposa naquele instante, cheguei a pedir a Deus pra me levar também. O negativismo ocupou em dado momento, e de forma crucial, os meus pensamentos, em razão de meu grande amor por ela.

Mas, para reverter o quadro, tive também que pensar nas pessoas que eu amo, e que ficaram aqui, contar com a ajuda de familiares e amigos; um abraço, uma palavra, um gesto de amor faz bem para o coração num momento como esse. E foi o que encontrei através de pessoas escolhidas por Deus para estar ao meu lado, quando mais precisei.

Outro dado importante, é que, comecei a investigar sobre tudo, que se relaciona as promessas de Deus através de estudos e mensagens bíblicas, que trata de temas alusivos a morte, arrebatamento, paraíso, e salvação. Tive interesse em saber:

1- para onde ela foi

2- com quem ela está

3- o que está fazendo

4- e como ela está.

Isso, me trouxe consolo, e depois de minuciosa análise conclui que, estava sendo egoísta. Compreendi que, tem muita gente boa com ela. Apóstolos, discípulos, autoridades eclesiásticas, estadistas, doutores, e gente sem nenhuma formação secular ou vocação ministerial. Nunca li tanto, e fiz tanta pesquisa na internet sobre a vida daqueles que partem em Cristo, como tenho feito desde a morte de minha esposa.

Pode parecer crueldade, mas não é, cada um deve interpretar á sua maneira. Mas, é que, de lá pra cá, tenho glorificado a Deus sempre que algum servo ou serva de Cristo morre, quando parte para a glória celestial. Isso de certa maneira me consola. A morte, para os salvos, não é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um terror, mas um meio de transição para uma vida mais plena. Para o salvo, morrer é ser liberto das aflições deste mundo – “E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento” (2 Co 4.17) e do corpo terreno, para ser revestido da vida e glória celestiais:

“De fato, nós sabemos que, quando for destruída esta habitação em que vivemos, que é o nosso corpo aqui na terra, Deus nos dará, para morarmos nela, uma casa no céu. Essa casa não foi feita por mãos humanas; foi Deus quem a fez, e ela durará para sempre” (2 Co 5.1).

É notório que, nesses últimos dias, Deus tem recolhido muitos de Seus amados. Num noticiário acerca da morte de quatro líderes cristãos influentes, alguém chegou até a comentar que, a morte de alguns santos do Senhor de forma acrescida atualmente, pode ser um sinal de Deus para a igreja aqui nesse mundo. É coisa para se pensar!

Rasguei meu coração perante Deus numa declaração ímpar, de meus sentimentos para com a minha leal companheira. Mostrei, como se Ele não soubesse, o quanto a amava, e o quanto eramos feliz. E os planos que fazíamos de estar juntos até a velhice, e que não concordava com o fato D’Êle a ter tirado de mim.

Não é possível, dizia eu. Como levá-la, se eu a amo tanto. Foi então que, no meu íntimo compreendi que estava falando com alguém que entende tudo sobre amor. E se eu a amava, imagina o que Ele também sentia e sente por ela. Venceu o amor maior, não foi uma perda para um outro homem, mas para o Criador de tudo. Não senti-me derrotado, e sim, conformado ao saber que ela estava em maior segurança, e muito mais realizada e feliz. Desejei então, estar em seu lugar, ao vê-la na companhia d’Aquele que tem poder sobre a vida e a morte, e que cuida com zelo dos seus escolhidos.

Agora, é o tempo para se pensar, o porquê de ter ficado, enquanto ela partira. Algum propósito Ele tem com tudo isso, e qual o aprendizado que se obtém numa situação dessa. Muito ainda se pode fazer, e num tempo menor, que anteriormente. Se ela partiu, é sinal que a minha hora vai chegar no tempo determinado por Deus. Mas, preciso me apressar, não sei quanto tempo terei, e o melhor mesmo é arregaçar as mangas, por a mão no arado e seguir em frente. Não devo também, viver como se fosse morrer daqui alguns dias. Pode acontecer de nossa chamada ser breve, como pode se prolongar. Mas viver cada dia como se fosse o último, nos motiva a sermos mais tolerantes, misericordiosos, amorosos e fidedignos. A lição pode ser dura, mas o resultado sempre será benéfico para aqueles que esperam no Senhor.

A morte de quem está firmado em Cristo e a Sua Palavra, não é o fim de tudo, não se encerra a vida no instante em que o corpo é sepultado. A maior promessa está por vir, o que existe além túmulo é maior, e está distante de tudo que o homem possa imaginar, enquanto aqui na terra. Bom pra quem vai, difícil para aqueles que ficam. Ainda assim, a vida precisa continuar, não se pode viver como um vivo morto , apesar das dificuldades para se viver num mundo como o nosso; tomado pela iniqüidade, noticias ruins todos os dias e a dor pela perda de um ente querido.

Temos que, despertar -nos de nosso sono, e dar continuidade aos nossos projetos e obras, temos um Consolador que não nos desampara em momento algum. Ele se dispõe a manter-nos firmes, e na esperança de nossa rendição através da pessoa Bendita de Nosso Senhor Jesus Cristo, que deseja no tempo certo, recolher-nos para estar com Ele eternamente. Amém!

“Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas”.(Apoc. 14.13).

“Vou preparar-vos lugar…E quando eu for..Voltarei e vos levarei para Mim mesmo”. (João 14:1-3)

” Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente ” (João 11.25-26).Enquanto, a pessoa esta acometida pela doença, seja em estado grave ou não. Temos a chance de lutar em favor de sua recuperação, ainda que seja a dependência de um milagre. Mas, depois que vem a óbto, nada se pode fazer. Se morreu, é resposta ao cumprimento da Vontade de Deus, no tempo determinado. É melhor pensar assim! Ninguém tem poder sobre a morte, a não ser o próprio Deus. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” A mente divaga…, ocupando-se por toda sorte de pensamentos, desde a um entendimento acerca da Vontade plena de Deus em levá-la pra junto de Si, como também, a momentos de questionamentos que parecem intermináveis. A pessoa numa arranjada de justificativas, para tentar abrandar a dor, se coloca em situação de defesa. Momento em que, começa a sentir-se culpada, como que, tivesse poder para de alguma forma reverter o estado de morte do ente querido.. Salmos 23.4
(Texto Compilado do Livro: Deus é Fiel – Trajetória de Uma Guerreira. Autor: Nivaldo Duarte)


Perdas… são tantas

Deus, tem sempre um proposito em nossas vidas, cabe a nós não questioná-lo, mas sim aceitar, que ele com certeza tem um proposito maravilhoso na vida de cada um. Confia sempre nele que tudo será maravilhoso.

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